sexta-feira, novembro 30, 2007

TV Cabo lança novo canal este Fim de Semana

A empresa TV Cabo estreia, este sábado, 01 de Dezembro de 2007, o canal de filmes e séries (MOV), com uma emissão 24 horas por dia. Agora, resta questionar-me acerca de qual será a constituição da dita: "programação alternativa" da RTP2? Ou, como diria Tony Soprano:"Maybe they just run out of luck!"

Phone-ix os CTT já estão na moda!

Ficará para a história como o nome: Phone-ix e tem como indicativo o: 922, a que juntam, naturalmente, seis dígitos. Foi lançado, tal como previsto, hoje - 30 de Novembro - e é a linha de identidade do primeiro operador móvel virtual (MVNO) no mercado, que os CTT já desenvolvem há cerca de três meses.


terça-feira, novembro 27, 2007

Controlinveste: Aposta nas multi-plataformas

Um canal de televisão generalista no âmbito do concurso da Televisão Digital Terrestre "porque na televisão não pode haver feudos" e o lançamento da Sport TV3 são algumas das intenções do grupo Controlinveste para o próximo ano. Será caso para dizer ao Joaquim Oliveira (presidente deste grupo de media): "É assim mesmo 'Quim', dá-lhe com tudo o que tens!"

Fonte:
M&P

quarta-feira, novembro 21, 2007

Canal PT Conteúdos apresenta-se na TV Cabo

Durante o mês de Dezembro o Mov, o novo canal de filmes e séries exclusivo da TV Cabo, vai estar disponível para os assinantes do pacote básico da operadora. O canal, cujo lançamento esteve previsto para Novembro, é hoje apresentado publicamente, com estreia agendada para 1 de Dezembro, e estará disponível no pacote Funtastic Life.

Fonte: M&P

Da Velocidade da era do Gadget à Info-exclusão

Perante o grau de informação que, actualmente, transborda dos ecrãs da nossa vida, há já quem lhe relacione movimentos como o ultra-politizado Agenda Surfing – frase proferida por José Sócrates para caracterizar a preparação que Marques Mendes fazia para discutir o estado da nação nos debates na Assembleia da República. Mas se pensarmos acerca deste aspecto chegamos à conclusão que desde a revolução industrial as máquinas têm vindo a alterar a vida das sociedades ocidentais.

A frase: “Run Forest, Run...” que Jenny (Robin Virginia Wright) diz a Forrest (Tom Hanks) no Filme Forrest Gump, de Robert Zemeckis, parece ser a que mais se adequa à realidade que vivemos hoje porque, desde tempos históricos, há uma substituição de hábitos ancestrais por máquinas que pautam o ritmo da nossa vida quotidiana, acelerando-a, substituindo-a, padronizando-a com actividades, por vezes supérfluas – aspecto que causa uma alteração irreversível do senso comum e a experiência vivida. Por isso, as transformações e mutações tecnológicas que imanam da actualidade das nossas vidas são apenas o acentuar de tendências ancestrais onde a novidade não reside na mediação tecnológica mas numa maior aceleração de ritmos de vida e do acesso imediato a dados com possibilidades interactivas.

Não é por acaso que existe um velho ditado que afirma que a história se repete. No entanto, aqui, podemos ver que, historicamente, houve momentos em que uma busca por uma certa essência cultural prevaleceu sobre a mediação das ferramentas tecnológicas; por exemplo, e de acordo com Adorno e o resto dos seus “colegas” da Querela Alemã, a cultura corria sérios riscos de perder as características que caracterizam a sua essência enquanto “uma cultura pura” sem nenhuma infiltração danosa proveniente da mediação técnica. Com estes estudiosos havia uma certa crítica que é feita ao comportamento humano porque estes investigadores observavam que o homem não consegue evitar uma constante necessidade de aceder à documentação impressa e aos funcionalismos tecnológicos.

“Um dia ninguém nos conhecerá melhor do que o nosso software”, afirma Rui Cádima acerca do que o futuro nos reserva. Aqui, gostaria de fazer um parênteses para destacar que nesta “Era da Informação” as novidades residem numa grande quantidade de informação, onde a “execução imediata” é o ponto de partida para transformações sociais; onde, num mundo laboral, se destaca a, cada vez mais presente, implementação do computador e de redes que fazem com que a valorização criativa e cognitiva tenham a tentação de resvalar para um exagero técnico. Há já algum tempo que se sabe que a interactividade é a base do sucesso do multimédia; aqui, observa-se que há a substituição de velhas relações hierarquizadas de uma forma feudal por outras que as disfarçam. Por exemplo, no fenómeno do “Trabalhador de Portfolio” (Charles Handy) o empregado passa a ser um “caracol não sindicalizado” representativo de um funcionário pertencente a um futuro onde o emprego passa a ser quase uma religião porque há fé em algo que não é presente fisicamente de uma forma constante.

Hoje, vemos que uma grande percentagem da empregabilidade se resume à palavra “precariedade” porque há uma inaparente obrigação de uma constante adaptação (aspecto que não está relacionado com factores didácticos) através de um nomadismo que faz com que aspectos ancestralmente acolhedores como a família sejam sujeitas à utilização de gadgets para a realização das suas comunicações interpessoais. No entanto, numa visão inversa, se pensarmos na questão do afamado “cidadão do mundo” esta ideia de nomadismo comunicacional ajuda a retirar a pertença territorial que ainda nos caracteriza como seres humanos... mas isso serão contas de outro rosário.

Info-exclusão

Hoje observa-se a existência de um grande investimento por parte das empresas e dos poderes políticos para modernizar as estruturas (redes, etc.); no entanto, as velocidades de implementação diferem de país para país de acordo com o seu poder financeiro. Há esforços para implementar sistemas de intranet em pólos empresariais, também se verifica que as escolas e os serviços públicos são alvo prioritários das preocupações dos governos. As operadoras móveis têm projectos (e-escol@) em que os sistemas de banda larga sem fios são oferecidos com portáteis a baixo custo. Se pensarmos na questão da Internet e da progressiva implementação do wireless observa-se que, já no século XVIII, Karl Marx afirmava que “ tudo o que é sólido se desmancha no ar”.

Em termos políticos, observamos que actualmente há realidades que ficam por ser apenas boas intenções porque existe uma desmesurada preocupação pelas questões tecnológicas – aspecto que descura os outros assuntos mais trabalhosos (educação, alteração de hábitos sociais, etc.). Em termos de formação verifica-se que há um enfoque baseado demasiadamente numa perspectiva de saber manusear as máquinas e os respectivos programas (software); esta ideia faz com que assuntos como a reflexão e a criatividade fiquem num plano secundário.

A preocupação de aliar as funcionalidades da Interactividade faz com que o ecrã deixe o panorama pixelizado da antipatia do Spectrum para passar a ser uma parte da solução e assim deixa de “usar a capa do causador de problemas” para sempre. Com o computador a deixar de ser “barreira” há uma transparência que faz com existam novas formas de aliar os tecnófobos nas fileiras do info-incluídos. Observa-se que, actualmente, a preocupação das empresas passa pelos tecnófobos mais jovens que ainda não conseguiram assimilar o conceito de que nos próximos anos nenhuma realidade profissional sobreviverá fora dos benefícios da tecnocracia da rede binária. “As auto-estradas da informação são essenciais para o desenvolvimento da Sociedade”, afirma, acerca da importância deste propósito, Derrick de Kerchove.

Hoje, observa-se que a palavra “convergência” é a grande preocupação das empresas; no entanto, esta realidade só se conseguirá se o “elo de ligação” for a Internet. Em termos práticos, esta característica verifica-se no crescente número de aplicações e softwares que transportam realidades provenientes da televisão e do computador para as de fenómenos de comunicação nomádica como acontece com os iPod’s, PDA’s, PSP’s telemóveis, etc. Aqui, há uma transformação na maioria das tarefas que eram, habitualmente, desempenhadas em realidades físicas fixas como o PC e os leitores de VHS, DVD, etc.

Para além deste aspecto observa-se que, actualmente, há uma tentativa de diminuir o fosso entre os países “info-ricos” e “info-pobres”, porque se sabe que a revolução digital dará lugar a um novo tempo e a uma nova sociedade (tanto em termos individuais como colectivamente) que se revelam diferentes do que conhecemos até agora – a Sociedade da Informação. Esta será caracterizada pela conectividade, dominada pelo mundo virtual e pela Internet onde há uma abundância de conteúdos que serão aspectos determinantes para a produtividade, criatividade, mobilidade, e competitividade – aspectos que servirão de alicerces para esta nova sociedade.

No entanto, é necessário superar alguns dilemas, que enumeramos neste artigo, para que se consiga o sucesso na implementação desta nova tribo nomádica. Em suma, podemos dizer que se estes problemas ficarem resolvidos, esta geração ficará para a história, com lugar reservado à beira dos que implementaram a Spinning Jenny (máquina de tecelagem industrial utilizada na Inglaterra nos sécs. XVIII e XXI), como propulsores do início de uma nova sociedade, de um novo tempo...


Fonte: "O Despertar"

quarta-feira, novembro 07, 2007

Vida Interior de Martin Frost & luz, mensagens e atmosferas...



Acaba de estrear nas salas de cinema de Portugal o filme The Inner Life of Martin Frost (A Vida Interior de Martin Frost) do escritor/realizador nova iorquino Paul Auster. Esta última extravagância tem, como narrativa muito anti-hollywoodesca, uma história de um famoso escritor que procura a afamada tranquillité para descansar e acaba por descobrir a maior aventura da sua vida.
Por falar em tranquilidade, quem não se lembra da introdução excessivamente cervantesca do filme Chocolate, do realizador sueco Lasse Hallstörm; o mesmo que realizou filmes como “Chegadas e Partidas” (Shipping News), Casanova, Aprendiz de Sonhador (Gilbert Grape) - obras que têm a particularidade de transportar o público para um mundo de sonho, onde a iluminação tem um papel ainda mais crucial no decorrer da criação das atmosferas que compõem a totalidade das narrativas.

Chocolate Trailer



Já Henri Alekan, afamado iluminador da história da cinematografia francesa, falava da importância da iluminação para passar a mensagem desejada. “A luz verdadeira nem sempre é a luz justa. Assim, ela deve ser reinventada”, afirmava.

Historicamente, podemos ver que, já no início do século passado, Serguei Eisenstein tinha pensamentos muito vincados sobre a importância de uma correcta iluminação para criar uma cor que pudesse fazer com que cada elemento se tornasse “no protagonista do momento presente”. Se pensarmos em filmes como O Couraçado de Potemkine e Ivan o Terrível poder-se-á afirmar que a obra deste realizador se resume à expressão “Conflito!”.

O Couraçado de Potemkine



É verdade que, em termos de edição, Eisenstein monta de um modo directo e seco; no entanto, no capítulo da iluminação – apesar de ter contrastes muito acentuados – há uma teatralidade que está cada vez mais presente à medida que a sua obra se vai desenvolvendo. Este aspecto poderá ser visto com ainda mais veemência nos filmes Ivan o Terrível I e II – os últimos filmes da sua curta vida. Aqui, as personagens são hiper-teatralizadas através dos movimentos, projecção de sombras, maquilhagem, encenações e até na linguagem de planos utilizada pelo realizador.
Nestas obras, apesar da iluminação funcionar por assimetrias assumidas ao longo da película, há momentos em que a luz cria um ambiente cuja plasticidade nos remete para um mundo onde imana uma sensação de artificialidade que só poderá ser encontrada nas esferas das narrativas fantásticas. No entanto, apesar de existirem simetrias, será que a cor é única? Não. Por exemplo, em Nosferatu (1922 – Realização F.W. Murnau) observa-se que há cores que caracterizam cada momento de acordo com as necessidades que compõem a trama deste filme. Por exemplo, no famoso plano do amanhecer na embarcação que transporta o Vampiro - Conde Orlok (Max Schreck), que é feito em contrapicado (para se conseguir uma sensação de pequenez no público) há um tom azul de tal forma profundo e generalizado que o espectador sente que a criatura consegue cessar o resto da acção, sendo ela o enfoque de tudo o que a rodeia.
Ela é: o mastro, a face, as garras, as velas, as cordas, a roupa, etc.; enfim, Nosferatu transforma-se numa atmosfera. Esta histórica versão não autorizada de Dracula de Bram Stroker é um caso paradigmático da história do cinema pela importância que Murnau deu ao tratamento preciosista da iluminação para criar atmosferas únicas. Poucos se não lembrarão das garras projectadas nas paredes da pensão na cena da dentada!

Nosferatu


No entanto, seria de todo injusto não falar de D.W. Griffith – o primeiro realizador babilónico (em todos os sentidos) de Hollywood. Dos seus filmes, estilo Vaudeville, gostaria de destacar o caso d’O Lírio Quebrado (1919) porque é uma das primeiras obras em que há uma preocupação com a iluminação e com a cor. Aqui, há a frequente utilização do sépia e do verde de acordo com vários momentos da narrativa; os tons esverdeados são utilizados em momentos de acção mais acentuada, enquanto que o sépia é referente à estagnação e a momentos considerados meramente informativos. Ao falarmos de iluminação e na criação de atmosferas, deve-se referir o pertinente espólio de Francis Ford Coppola - realizador unanimemente considerado como um monstro pictórico na arte da cinematografia. Por exemplo, no seu filme Dracula de Bram Stroker, na sequência em que Vlad Tepes descobre que a sua noiva Elisabetha se suicidou, há um plano picado em que a existência de uma jura virada para os céus a amaldiçoar Deus denuncia a chegada de tempos tenebrosos, com o vermelho a caracterizar progressivamente todos os elementos que compõem o espaço. Aqui, na vasta obra deste realizador, podemos fazer uma comparação contrastante com o início do Padrinho II, onde, nas cenas em que se revive a infância de Don Vito Corleone, há uma alegria contagiante, aparentando-se um convite ao público para um regresso à infância; esta característica mantém-se até ao momento em que o rapaz foge para os EUA, para dar início à saga que afamou o nome de Coppola...
Por fim, ao referirmos ambientes pictóricos, há que destacar a obra de Brian De Palma; aqui, gostaria de sugerir dois momentos, em duas obras distintas. No filme Os Intocáveis há uma introdução à cidade de Chicago, nos anos 20 do século passado, com um brilho muito vivo e uma limpeza que é abruptamente interrompida com uma ruptura estonteante que nos leva por uma viagem em catarse pelo mundo da máfia de Al Capone. Em La Femme Fatale, uma obra muito noir, De Palma recorre ao já típico grau de brilhantismo que imana dos elementos; aqui, o realizador cria um assalto numa cena onde contracenam Rebecca Romijn e Rie Rasmussen; nela, os planos apertam-se à medida que as tentações carnais são retratadas de uma forma tão confluente que faz com que cada elemento que compõe a cena seja, gradualmente, parte culpada do roubo de um colar de ouro porque a totalidade do cenário acaba por adquirir um tom dourado à medida que se atinge o clímax da narrativa – que é naturalmente o assalto. No entanto, a relação do tratamento da luz e dos movimentos da objectiva faz que com haja um hiato entre o real e a ficção tão diminuto que surgem dúvidas em relação à origem maligna desta cena.

Os Intocáveis




Dracula de Bram Stroker




N’ A Vida Interior de Martin Frost, tal como acontece nas obras de De Palma e de Hallstörm, Paul Auster utiliza uma iluminação que cria um ambiente tranquilo onde o brilho que imana demonstra a pureza do lugar onde decorre a narrativa. No entanto, há um certo grau de solidão que se começa a manifestar frame a frame até que numa manhã Frost descobre uma misteriosa mulher deitada ao seu lado. Martin apaixona-se loucamente por esta misteriosa musa – o que o leva a escrever a sua obra mais completa; no entanto, à medida que o desenvolvimento da sua história entra em catarse a iluminação, que começou por ser baseada em cores graficamente quentes e confortáveis, entra nas esferas provenientes da luta ancestral baseada no preto e no branco; historicamente, este aspecto denuncia a iminência de um fim trágico.

Aqui, podíamos lembrar as atmosferas dos filmes Million Dollar Baby e Mystic River, do norte-americano Clint Eastwood, onde há uma “jigajoga” entre o claro e o escuro (aspecto que provém do expressionismo alemão e dos filmes noir), que faz com que a passagem entre o realismo e o fantástico seja diminuta e, por isso, repentina. Aqui, há um jogo baseado num vice-versa de fortes contrastes luminosos que faz com que haja uma atmosfera onde existe uma aparente luta entre o bem e o mal. Ou, como acontece no caso de Martin Frost, entre o outer self e o inner self. No entanto, como disse Chklovski, poder-se-á afirmar que na obra “Cinema”, tal como acontece em qualquer arte, estamos perante “uma soma de processos”. “And that’s how the cookie crumbles!” (Jim Carrey – Bruce o todo Poderoso).

sexta-feira, novembro 02, 2007

Um Youtube very Google

TV Digital chega aos telemóveis



A Alcatel-Lucent e a Vodafone fizeram ontem, em Lisboa, a primeira demonstração do sistema Mobile Broadcast TV, baseado na tecnologia DVB-SH, ou seja, televisão no telemóvel em alta definição.

Fonte: CM